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pela primeira vez em muito tempo

romance de ficção

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Pela primeira vez em muito tempo é o meu primeiro romance de ficção. Foi finalista do Prêmio Minas Gerais de Literatura em 2017 e publicado pela Editora Patuá em 2018.

Texto de orelha, por Sérgio Rizzo:

"Cada um deles imerso em seu próprio turbilhão de dúvidas, angústias e expectativas, os personagens de “Pela Primeira Vez em Muito Tempo” estão prestes a pisar em terreno desconhecido, aquele que a vida nos estende quando viramos um quarteirão sem saber o que nos espreita depois da esquina. Um homem aguarda a chegada da mulher para um jantar em que um assunto delicado virá à pauta. Mãe e filha tentam reerguer a ponte entre elas. Um jovem entra no avião que o levará ao outro lado do mundo. Um pai aflito acompanha uma partida do filho no videogame. Uma jovem tem algo a contar ao irmão. Um imprevisto durante um crime leva a outro, mais grave. Esses núcleos se alternam como se os víssemos em câmera ultralenta, e com lente de aumento. Pequenos instantes do cotidiano se tornam acordes de uma peça musical executada por personagens que não têm acesso à partitura. Mas, como o leitor perceberá ao final, há um maestro regendo a todos — ou, quem sabe, sendo regido por eles".

Resenha publicada na Coluna 100 Palavras:

"Um ótimo romance da nova geração. Dialoga com o cinema de Resnais: é composto de sete núcleos divididos em cenas, intercaladas entre si. Vinícius cria um livro sobre instantes banais que, pela observação do escritor-diretor, são analisadas e descritas com emoção, crítica e sensibilidade. No romance, as tensões geracionais, econômicas, éticas e epistemológicas das personagens são a metonímia de nossa época, mas Vinícius foge do lugar-comum da “poética do cotidiano” pela construção minimalista de cada momento de ação, e pelo uso preciso do discurso indireto livre. Uma obra primorosa".



Resenha publicada na Revista Úrsula:

"Eu, não sendo um conhecedor profundo de cinema, arrisco mesmo assim dizer que a narrativa de Vinicius traz algo da estética polifônica dos últimos filmes do Alain Resnais e de O Fabuloso Destino de Amélie Poulain, que efetivamente marcou uma parte da nossa geração (Vinícius nasceu em 1993). Polifônica, porque cada um dos instantes que compõem as cenas do romance (e que vão se alternando entre si), é um conjunto de idealizações e concretudes, frustrações e conquistas, medos e opiniões das personagens.

 

 

A narrativa é bastante visual, apesar de ter um apelo discursivo forte, sutilmente posicionando o leitor em uma posição de alteridade e compaixão com as personagens. O que quero dizer com essa papagaiada semiótica é que o narrador de Vinícius constrói um cenário e falas das personagens tão bem-acabados que, sem percebermos, nós estamos interessados em saber os desenlaces, estamos querendo opinar ou conhecer mais daquele microcosmo, ou ainda (esse termo, adequado numa das cenas), começamos a “torcer” pelas personagens. Suas intimidades nos são divididas sem pudor, com afeto e espaço para nossa própria personalidade e crítica.

(...)

Um livro, enfim, primoroso, no qual um acontecimento banal mostra-se como a verdadeira quintessência de toda uma vida, do início dos tempos até a última instância do agora".

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